Clarividência
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Clarividência, segundo a Parapsicologia, é a capacidade de obter conhecimento de evento, ser ou objeto, sem a utilização de quaisquer canais sensoriais humanos conhecidos e sem a utilização de Telepatia. O termo "Clarividência" também é aplicado, em certas escolas de espiritualismo e ocultismo, à chamada "visão espiritual", que permite enxergarplanos espirituais ou pelo menos algo pertencente a tais planos.
Índice
[esconder]Clarividência e Espiritismo[editar | editar código-fonte]
O termo clarividência surge pela primeira vez com seu sentido próprio na parte de O Livro dos Espíritos1 que trata da emancipação da alma. Na questão 402, Allan Kardec trata de uma "espécie de clarividência" que acontece durante os sonhos, onde a alma tem a faculdade de perceber eventos que acontecem em outros lugares. Neste ponto, portanto, ele emprega o termo como uma faculdade de ver à distância sem o emprego dos olhos. Os sonâmbulos seriam capazes deste fenômeno devido à faculdade de afastamento da alma de seu respectivo corpo seguida da possibilidade de locomoção da mesma.(q. 432)
Na questão 428, ele indaga aos espíritos sobre a "clarividência sonambúlica". Ele certamente se refere à faculdade já bastante descrita na literatura que trata do sonambulismo magnético, que, na questão 426, os espíritos consideraram equivalente ao sonambulismo natural, com a diferença de ter sido provocado. Os espíritos lhe respondem que as duas faculdades possuem uma mesma causa: a percepção visual é realizada diretamente pela alma do clarividente. Logo a seguir, Kardec pergunta sobre os outros fenômenos da clarividência sonambúlica (q. 429) como a visão através dos corpos opacos e a transposição dos sentidos. Os espíritos reafirmam que os clarividentes vêem afastados de seus corpos, e que a impressão que afirmam de estarem "vendo" por alguma parte do corpo, reside na crença que possuem que precisam deste para perceberem os objetos. A existência da faculdade sonambúlica não assegura a veracidade de todas as informações obtidas neste estado, com o que concordam os espíritos (q. 430).
Clarividência Premonitória e Livre-arbítrio[editar | editar código-fonte]
A possibilidade de clarividência premonitória, como a demonstrada por Edgar Cayce e Emanuel Swedenborg, aparenta entrar em conflito com a idéia de que o ser humano seja dotado de livre-arbítrio, pois, aceitando-se que um evento possa ser descrito por antecipação, isso parecerá implicar em que o futuro esteja pré-determinado.
Referências
- ↑ http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/135.pdf O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Paris, França, 1857, tradução para o português de Guillon Ribeiro, editora FEB
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Artigo "Clarividência Premonitória e Livre-Arbítrio" (explicação espírita da possibilidade de a clarividência premonitória não implicar obrigatoriamente no determinismo).
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